Olá! Vamos continuar cuidando do coração? Hoje o assunto é diagnóstico! Como identificamos a arritmia cardíaca.

Quando se trata de arritmia cardíaca, um diagnóstico preciso é fundamental para determinar o melhor tratamento e garantir que o coração continue funcionando de maneira saudável. 

A boa notícia é que, nos dias de hoje, os avanços da medicina e da tecnologia nos oferecem uma série de exames que permitem detectar arritmia cardíaca de forma rápida e eficiente. 

Se você está sentindo sintomas como palpitações, falta de ar ou dores no peito, é essencial que agende sua avaliação e realize os exames necessários

Neste artigo, vou explicar os principais exames usados para diagnosticar arritmias cardíacas e como cada um deles pode ajudar a entender melhor o funcionamento do seu coração.

Exames para diagnóstico de arritmia cardíaca

1. Eletrocardiograma (ECG)

O eletrocardiograma (ECG) é o exame mais comum e fundamental para diagnosticar arritmias. É simples, rápido e indolor. 

Durante o exame, pequenos eletrodos são colocados na sua pele para registrar a atividade elétrica do coração. O ECG ajuda a identificar irregularidades no ritmo, como uma frequência cardíaca muito rápida, muito lenta ou irregular.

Através do ECG podemos detectar:

• Fibrilação atrial
• Taquicardia
• Bradicardia
• Extra-sístoles (batimentos extras)

O Eletrocardiograma leva de 5 a 10 minutos, seu resultado sai rapidamente. Além de indicar se você tem arritmias, ajuda a direcionar os próximos passos do tratamento.

2. Holter de 24 Horas

O Holter de 24 horas é um exame que registra a atividade elétrica do coração durante 24 horas ou mais, monitorando os batimentos cardíacos ao longo do seu dia normal, incluindo atividades físicas e períodos de descanso. 

O dispositivo portátil, semelhante a um pequeno gravador, é colocado em você com eletrodos ligados ao seu corpo. Você usará o aparelho durante 24 horas (ou mais, conforme a indicação do médico). Fará suas atividades diárias enquanto o  dispositivo grava os dados, que depois serão analisados para identificar anomalias no ritmo cardíaco.

Com o holter detectamos as arritmias intermitentes, que não acontecem de forma contínua e que não são captadas em um ECG comum; alterações no ritmo cardíaco que ocorrem em momentos específicos do dia, como durante o sono ou atividades físicas

3. Teste de Esforço (Ergometria)

O teste de esforço é um exame que analisa o desempenho do seu coração enquanto você realiza atividade física, geralmente em uma esteira ou bicicleta ergométrica. 

Ele é especialmente útil para verificar como o coração reage a um aumento da demanda de oxigênio durante o exercício.

Durante o teste, pode-se verificar:

• Arritmias provocadas pelo exercício
• Isquemia do miocárdio (diminuição do fluxo sanguíneo para o coração)
• Capacidade funcional
• Comportamento da pressão arterial frente ao esforço físico realizado

Este exame é indicado quando o cardiologista suspeita que a arritmia ou outras condições cardíacas possam estar associadas ao esforço físico, ou quando as arritmias não são evidentes em repouso.

Durante o exame, você será conectado a um monitor de ECG enquanto caminha ou pedala em uma intensidade crescente. O exame pode durar entre 10 e 20 minutos e será interrompido se qualquer sintoma preocupante surgir, como falta de ar ou dor no peito.

4. Estudo Eletrofisiológico

O estudo eletrofisiológico (ou estudo EP) é um exame mais invasivo, geralmente reservado para casos em que os outros exames não conseguiram identificar a causa da arritmia ou quando se suspeita de uma arritmia complexa. 

Este exame envolve a inserção de cateteres especiais no coração, através de veias na região da virilha, pulso ou pescoço, para mapear a atividade elétrica e identificar a origem da arritmia.

Durante o exame, você poderá ser sedado e os cateteres serão inseridos nas veias. Esses cateteres irão até o coração, onde são usados para mapear a atividade elétrica. O exame pode durar de 1 a 4 horas em média e é realizado em ambiente hospitalar.

Através dele é possível identificar as arritmias complexas, como taquicardias ventriculares ou fibrilação atrial, bem como a localização exata da origem da arritmia, fundamental para tratamentos como a ablação

O diagnóstico precoce e preciso salva vidas!

Diagnosticar uma arritmia é o primeiro passo para garantir que você tenha o tratamento adequado. 

Seja por meio de um simples eletrocardiograma ou de exames mais avançados como o estudo eletrofisiológico, a tecnologia moderna nos permite entender com precisão o que está acontecendo no seu coração.

Se você está apresentando sintomas como palpitações, falta de ar ou cansaço excessivo, é hora de realizar os exames necessários. 

Eu, a Dra. Fernanda Joslin, sou especialista em métodos gráficos em cardiologia e estou aqui para orientá-lo em cada passo do caminho, desde o diagnóstico até o tratamento, sempre com atenção, empatia e cuidado.

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